
Este estudo, destinado a fornecer uma visão geral das tendências de mercado das operações de private equity em Espanha e Portugal, analisa as operações mais significativas em que a Cuatrecasas prestou assessoria. São analisadas 45 operações de private equity assinadas em 2023 e 2024 (30 em Espanha e 15 em Portugal) com valores superiores a €10 milhões em Espanha e sem limitação em Portugal.
Portugal: Tendências de mercado 2024 em resumo
- Quarenta por cento das operações assessoradas pela Cuatrecasas corresponderam a transações de valor superior a €50 milhões.
- Os setores life sciences e TMT foram os mais ativos.
- O tipo de transação mais comum continuou a ser a aquisição de 100% do capital social da sociedade. No entanto, as operações em que um fundo adquiriu uma participação maioritária ou minoritária repartiram-se de forma equilibrada, representando respetivamente 27% do volume de transações.
- A maioria das transações corresponderam a negociações bilaterais. No entanto, todas as operações superiores a €100 milhões foram realizadas no âmbito de processos de venda competitivos.
- A maioria das operações incluiu condições suspensivas, principalmente devido à necessidade de obter waivers das contrapartes em contratos materiais.
- Os mecanismos de preço completion accounts e locked-box foram igualmente utilizados.
- A dívida líquida (net debt) e o working capital foram os parâmetros financeiros mais utilizados para o ajuste pós-fecho.
- Apesar da incerteza global em 2023 e 2024, a utilização de earn-outs diminuiu em comparação com anos anteriores.
- Os prazos mais comuns estabelecidos para as declarações e garantias do vendedor foram 18 meses e 2 anos.
- Na maioria das transações, a responsabilidade pelas declarações e garantias de negócio foi limitada a 30%, ou menos, do preço.
- Embora na maioria das operações se tenha optado por cláusulas antisandbagging, estas foram tipicamente limitadas à informação “fairly disclosed”.
- A fiança e o seguro W&I foram as garantias mais utilizadas pelos compradores.
- A arbitragem é o mecanismo mais comum de resolução de litígios. Nesse âmbito, Lisboa foi o local de arbitragem mais escolhido e todas as respetivas cláusulas remetem para as regras do Centro de Arbitragem Comercial da Câmara de Comércio e Indústria Portuguesa.