O CaixaBank recebe o Prémio Manuel Olivencia à Boa Governança Corporativa 2023

O CaixaBank recebeu o V Prémio Manuel Olivencia à Boa Governança Corporativa, outorgado pela Cuatrecasas, que distingue as melhores práticas de governança das sociedades cotadas em Espanha. A cerimónia de entrega do galardão foi celebrada no passado dia 21 de novembro, no Claustro dos Jerónimos do Museu do Prado, com a presença de José Ignacio Goirigolzarri, presidente do CaixaBank; José Luis Rodríguez, diretor do Prémio Manuel Olivencia; Matías Rodríguez Inciarte, presidente do júri; Macarena Olivencia, presidente de honra do júri; e Soraya Sáenz de Santamaría, membro do júri.

 

Na justificação da concessão do Prémio Manuel Olivencia o júri destacou o exercício de transparência e prestação de contas do CaixaBank, a sua política de relação com os acionistas e outros grupos de interesse, a composição do seu conselho de administração (em termos de diversidade) e a política retributiva dos conselheiros. Na sua avaliação, o júri prestou especial atenção à existência e difusão de uma matriz de competências como ferramenta de análise das forças e necessidades da composição do conselho.

José Ignacio Goirigolzarri, presidente do CaixaBank, recebeu o galardão em nome da entidade e agradeceu a distinção, que reconhece a aposta do CaixaBank nas melhores práticas em governança. «Um governo corporativo excelente, fundamentado em princípios e valores sólidos, é uma condição imprescindível para a sustentabilidade de todo e qualquer projeto. E isto implica um conselho profissional e coeso que trabalhe por um objetivo comum, com transparência, responsabilidade e lealdade. Este prémio é um reconhecimento do compromisso, entusiasmo e envolvimento do CaixaBank, e especialmente de todo o seu conselho, em dotar-se de uma excelente governança, e anima-nos a continuar a cumprir os melhores padrões do mercado», destacou. 

Durante a sua intervenção, na abertura e encerramento do ato, José Luis Rodríguez declarou: «Nesta edição foram tidas em especial consideração as questões relacionadas com a diversidade na composição do conselho de administração como meio para garantir um melhor processo de tomada de decisões, capaz de analisar um maior número de fatores e visões, favorecendo assim um melhor resultado. Isto resulta especialmente necessário num ambiente de crescente complexidade e em constante mudança como o atual».

Soraya Sáenz de Santamaría especificou as razões e fundamentos que levaram à concessão do Prémio ao CaixaBank: «Destacam-se os esforços da entidade para promover uma comunicação fluida e bidirecional com os seus grupos de interesse. Além do compromisso com a transparência, mereceram uma avaliação positiva: a clareza do modelo retributivo; a inclusão de métricas ESG na retribuição variável dos conselheiros executivos; a existência de cláusulas malus e clawback; e o alinhamento dos pagamentos por rescisão de contrato com as expectativas do mercado. O júri destacou o facto de o conselho do CaixaBank dispor de uma matriz de competências muito completa, que permite analisar as capacidades necessárias e comprovar a coincidência dessas necessidades com a qualificação e experiência dos seus membros. Destacou-se o alto nível de independência de um conselho que, adicionalmente, conta com uma quota de 40% de conselheiras, o que demonstra o seu compromisso com a igualdade de género. Além disso, as suas boas práticas de governança favoreceram o êxito do processo de integração com o Bankia».

O galardão honra a memória de Manuel Olivencia, humanista, catedrático de Direito Comercial da Universidad de Sevilla, vice-presidente da Cuatrecasas e presidente da comissão que elaborou em 1998 o primeiro código espanhol de Boa Governança, conhecido como o Código Olivencia.

Descarregue o relatório ‘Diversidade e matriz de competências no conselho de administração’, em que são apresentadas as principais conclusões dos trabalhos de análise realizados para a V edição do Prémio Manuel Olivencia à Boa Governança Corporativa.

O CaixaBank é o grupo financeiro líder em Espanha, com um volume de ativos de mais de 611 000 milhões de euros e uma posição relevante a nível europeu. Adicionalmente, o CaixaBank tem uma forte presença em Portugal, onde controla 100% do BPI. O grupo conta com 20 milhões de clientes, a maior rede de agências e caixas automáticas em Espanha e Portugal, e ocupa uma posição de liderança em banca digital, com mais de 11 milhões de clientes digitais. 

A visão do CaixaBank consiste em ser um grupo financeiro inovador, com um modelo de banca sustentável baseado na qualidade, na proximidade ao cliente e na especialização, e numa proposta de valor de produtos e serviços adaptada às necessidades de cada segmento. O seu posicionamento líder em banca retalhista permite-lhe realizar uma contribuição crucial para o crescimento económico sustentável.

Composto por um total de dez especialistas independentes de reconhecido prestígio no âmbito empresarial e jurídico espanhol, está presidido por Matías Rodríguez Inciarte.

Integram o júri como vogais: Juan Arena, María Benjumea, Óscar Fanjul, Rosa María García, Cristina Garmendia, Ignacio Gil-Casares, Luis Isasi, Francisco Pérez-Crespo Payá e Soraya Sáenz de Santamaría. Adicionalmente, Rafael Hidalgo exerce o cargo de secretário não membro, José Luis Rodríguez Jiménez é o diretor do Prémio e Macarena Olivencia é a presidente de honra.

No processo de deliberação e votação de candidaturas, o júri seguiu os procedimentos estabelecidos nas bases do concurso e na sua regulamentação interna e, especialmente, as regras aplicáveis às situações de conflito de interesses, evitando a votação dos membros do júri a favor de empresas em relação às quais se encontrem numa situação desse tipo.

Após apenas cinco edições, o Prémio Manuel Olivencia de Boa Governança Corporativa estabeleceu-se como uma referência no reconhecimento das melhores práticas de governança corporativa de empresas cotadas em Espanha. Em 2018 foi atribuído ao International Airlines Group (IAG), em 2019 ao Amadeus IT Group, em 2020 à Inditex, e em 2022 à Repsol.

Em cada edição, independentemente da análise do grau de cumprimento geral das principais recomendações em temas de governança corporativa, o júri centrou-se numa prática ou área concreta, entre as que se destacam a estrutura e funcionamento do conselho de administração, a transparência em matéria de retribuição, e a estrutura e composição das comissões do conselho de administração. Excecionalmente, em 2020, o júri centrou-se nos aspetos relacionados com a boa governança no contexto da crise provocada pela pandemia de COVID-19.

O Dr. Manuel Olivencia foi um jurista completo que combinou a vocação para a docência, a partir da cátedra de Direito Comercial, com a vontade de partilhar o seu conhecimento como profissional na Cuatrecasas, a sociedade de advogados de que era sócio. O seu impressionante currículo profissional como advogado, professor universitário, subsecretário de Educação, comissário da Expo 92 de Sevilha e presidente da comissão redatora do Código Olivencia, desenvolveu-se paralelamente a um percurso pessoal que deixou uma memória indelével na sua família, nos seus amigos, nos seus alunos, nos seus colegas e em todas as pessoas que o conheceram.

Um homem extremamente cosmopolita, que estudou e viveu em vários países, acumulou numerosos reconhecimentos ao longo do seu percurso profissional, tanto em Espanha como no estrangeiro, nomeadamente várias Cruzes Nacionais, como a Cruz de Alfonso X o Sábio, a Cruz de Isabel a Católica, a Cruz de Mérito Militar e a Cruz de San Raimundo de Peñafort, bem como a Cruz de Sant Jordi, atribuída pela Generalitat da Catalunha. Foi Filho Predileto de Ronda e Filho Adotivo de Sevilha, e recebeu a Medalha de Ouro de Ceuta, onde passou parte da sua infância.